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Polícia resgata filhotes de araras em operação contra tráfico de animais no DF

Filhotes de arara resgatados pela Polícia Civil A Polícia Civil do Distrito Federal resgatou dois filhotes de arara em situação de maus-tratos durante uma o...

Polícia resgata filhotes de araras em operação contra tráfico de animais no DF
Polícia resgata filhotes de araras em operação contra tráfico de animais no DF (Foto: Reprodução)

Filhotes de arara resgatados pela Polícia Civil A Polícia Civil do Distrito Federal resgatou dois filhotes de arara em situação de maus-tratos durante uma operação contra o tráfico de animais silvestres. A ação foi realizada na tarde desta terça-feira (24), em uma agropecuária no Sol Nascente, no Distrito Federal. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Dois homens que estavam no local foram autuados em flagrante e liberados. Um terceiro suspeito de envolvimento no crime foi identificado, mas ainda não foi localizado. Os filhotes de arara foram encaminhados ao Hospital Veterinário Público (HFAUS). Filhotes encontrados em caixas Filhotes de araras estavam sem penas e presos, o que configura maus tratos e tráfico de animais Divulgação/PCDF Durante a vistoria, os policiais encontraram os filhotes de arara escondidos em um banheiro escuro, dentro de uma caixa fechada e sem ventilação. Os animais estavam separados da mãe, sem alimentação e ainda sem penas — o que representa risco extremo à sobrevivência. Segundo a Delegacia de Repressão aos Crimes Ambientais (DRCA), os agentes chegaram ao local após denúncia de uma jovem, que apresentou provas de negociações ilegais de aves em grupos de mensagens No grupo, o terceiro homem - que ainda não foi localizado - era o responsável pelas vendas e chegava a cobrar R$600 por cada filhote de arara. Com a denúncia, a equipe foi até o local e identificou movimentação suspeita no comércio. Ao abordar os dois homens e vitoriar a loja, os agentes encontraram os animais. Crime ambiental Policiais encontraram os filhotes de arara escondidos em um banheiro escuro, dentro de uma caixa fechada e sem ventilação. Divulgação/PCDF A retirada precoce dos filhotes do convívio materno configura maus-tratos graves e é uma evidência clara de tráfico de fauna silvestre, segundo a DRCA. Os dois homens foram autuados em flagrante por tráfico de animais silvestres e maus-tratos, com base na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98). Eles vão responder pelos seguintes artigos: Artigo 29, §1º, inciso III: trata da venda, transporte ou guarda de animais silvestres sem autorização. A pena prevista é de 6 meses a 1 ano de detenção, além de multa 1. Artigo 32: pune quem pratica maus-tratos, fere ou mutila animais, com pena de 3 meses a 1 ano de detenção, também com multa1. Um dos suspeitos também vai responder por explorar o jogo do bicho, prática considerada contravenção penal. A pena é de 4 meses a 1 ano de prisão simples, além de multa. Apesar do flagrante, os dois foram liberados após o registro do procedimento policial, porque as penas previstas são consideradas baixas. Pela legislação brasileira, crimes com pena inferior a quatro anos geralmente permitem que o acusado responda em liberdade, salvo em casos excepcionais. A Polícia Civil informou que as investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema, incluindo o dono da agropecuária e o responsável pelas negociações via WhatsApp. Os filhotes de arara foram encaminhados ao Hospital Veterinário Público (HFAUS), onde receberão cuidados especializados para reabilitação. LEIA TAMBÉM VÍDEO: Chuva atinge várias regiões do DF na terça; previsão é de mais chuva nesta quarta ONÇAS PELO DF: Animais selvagens se aproximam cada vez mais de área urbana Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.